sábado, 28 de novembro de 2009

e a sua mente funciona de modo diferente?


"Minha mente é um lago sem ondulações. A sua é repleta de ondas, porque você se sente dividido e, com frequencia, ameaçado por um acontecimento indesejável. Sua mente é um lago onde alguém acaba de jogar uma pedra."


"Eu estava debaixo d´água, olhando para cima. Era rídiculo! Será que eu havia caído em minha própria xícara de chá? Eu tinha barbatanas e guelras: era um peixe. Agitei o rabo e nadei para o fundo, onde havia silêncio e paz.

De repente, uma pedra enorme atingiu a superfície da água. Ondas de choque atingiram-me por trás. Minhas barbatanas bateram novamente e parti em busca de abrigo. Escondi-me, até que tudo voltasse a se acalmar. O tempo passou e acostumei-me com as pequenas pedras que às vezes caíam na água, formando ondas. Contudo, as pedras grandes ainda me assustavam."



segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Pensando bem, não importa o quanto eu me esforçasse. A gente nunca daria certo.

Você nunca me apresentou a seus pais
Você nunca me apresentou para nenhuma amiga, ou amigo
Você nunca me disse onde era sua casa
Você nunca me levou para algum lugar que costumasse freqüentar
Você nunca me contou nenhum segredo
Você nunca me convidou para comprar sapatos
Você nunca me ligou contando uma novidade
Você nunca me pediu para ajudá-la em algum problema
Você nunca me chamou para dar uma volta à tarde com você
Você nunca me chamou para nenhuma festa da faculdade

Tudo está me levando a acreditar que nosso problema maior sou eu. Minha falta de limites, meu excesso de coragem, minha ausência de pudores, minha sobra de confiança. A vergonha dos meus atos, meus vexames, minhas bagunças, minha vida atrapalhada, meu coração explosivo. “amanhã eu resolvo”, “deixa rolar”, “depois a gente vê no que dá”. Meus erros, minhas cobranças, minhas loucuras, meus surtos, minhas crises.

Se tudo era apenas vergonha do que sou, seria mais fácil termos evitado todo o enrosco. Devia ter evitado se comprometer comigo. Sua sensatez deveria ter sido presente e controlado a curiosidade de passar um tempo ao meu lado. O seu “amanhã eu resolvo”, “deixa rolar” e “depois a gente vê no que dá” foi adiando o término de uma coisa intensa que só complicou por existir tanto tempo.

Não sinto mais por ser quem sou.